Economia
Cresce procura por alimentos sem glúten no mundo e brasileira fatura alto com fábrica de tapioca nos Estados Unidos
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Verônica Oliveira fatura US$ 1,5 milhão por ano com restaurante e fábrica de tapioca
Mais do que tendência, a procura por alimentos mais saudáveis se tornaram hoje um novo comportamento que está só crescendo pelo mundo. O número de pessoas que buscam reduzir o consumo de glúten, por exemplo, aumentaram mais de 400% nos últimos 15 anos, segundo dados do Conselho Nacional de Saúde. Atualmente, devido ao fácil acesso e acompanhamento de notícias, muitas pessoas têm se conscientizado quanto aos hábitos de consumo alimentar.
A empresária Verônica Oliveira, é um exemplo do reflexo também na economia desse estilo de vida, empreendedora de sucesso nos E.U.A., ela se destaca com vendas de tapioca, um sabor nordestino que conquistou todo o mundo, com faturamento anual de US$ 1,5 milhão.
“A tapioca além de ser um alimento mais saudável, é livre de glúten, low carb, vegano, sem açúcar, sem conservantes e sem sódio, e com várias possibilidades de sabores, ela conquista todo público, por isso o sucesso de vendas e um bom faturamento no final do mês“, conta Verônica.
A baiana, que vive hoje nos Estados Unidos, tem 16 funcionários diretos e emprega 50 indiretamente, acredita que esse crescimento de consumos por produtos sem glúten, vem da busca de uma qualidade de vida mais saudável e não só por aqueles que têm intolerância a glúten ou lactose.
“Seja por motivo de saúde ou por opção de consumo, o mercado de produtos sem glúten é tendência no mundo todo e está em franca expansão, principalmente por atingir diversos públicos, inclusive os veganos, que também estão em ascensão“, diz a empresária.
Assim, os alimentos industrializados “livres de”, em que o fabricante tira de sua composição algum dos nutrientes que podem causar mal-estar ao consumidor, cresceram a um ritmo de 8% ao ano entre 2012 e 2017 na América Latina, aponta a Euromonitor. Com isso, o aumento de empreendedores nesse nicho também teve um aumento significativo e com previsão de alta no índice de faturamento nos próximos anos.
A baiana que chegou nos Estados Unidos em 2009, com o sonho de prosperar, trabalhou durante 4 anos limpando casas, escritórios e bancos, para se manter no país. Porém, o que ela gostava mesmo era de cozinhar, então, surgiu a ideia de fazer tapioca recheada para amigos e clientes, após as faxinas, para aumentar a renda da família. Em 2015, Verônica comprou um restaurante, o BR Takeout, com foco na comida mineira e nordestina, na cidade de Framingham- Massachusetts.
Verônica aprendeu a fazer a iguaria com sua mãe e sua avó no sertão da Bahia e anos depois apostou na goma por ser um alimento versátil, que combina com diversos recheios. Hoje ela é proprietária de uma fábrica de tapioca vegana, sem glúten, sem açúcar, sem conservantes e sem sódio, comercializada em vários pontos de vendas em Massachusetts e com entrega para todo os Estados Unidos. Oliveira emprega 16 funcionários diretos e 50 funcionários indiretos. Além de dirigir duas empresas, ela também dá mentoria para mulheres que desejam empreender e começar do zero, assim como ela.
“Não é o quanto você sabe e sim o quanto você aplica e não existe sorte. A sorte é trabalhar, não desistir, errar, falhar no meio do caminho, até acertar”, revelou a baiana milionária.
Agência Fio Condutor |